terça-feira, janeiro 3

..::..sem certeza de nada, agora..::..

Os dias se refugiaram nas folhas amarelas do outono e as noites passaram a ser eternas só para que os amantes estivessem a sós nos mais intensos momentos da vida. Foi uma vez que a garota não sabia onde estava e ligou sem querer pra um tal rapaz que foi importante um dia. A vontade de desligar era grande, mas precisava saber porque tinha ligado bem pra ele. Nada lhe poderia ser pior. Ele estava, ela não reconheceu de tanto nervoso, mas ele sim, apesar de ter dito que não. Muitas vezes já lhe tinham dito que as coisas nunca aconteciam por acaso, então, resolveu investigar. Por mais fundo que fosse, nunca saberia porque; ela tinha que primeiro saber quem era aquele rapaz naquele momento de sua vida. Na TV, passava um filme que a fazia rir e chorar e pensar. No rádio, tocava uma música que ela tinha escutado quando estava com ele. A luz das quatro da tarde que entrava pela janela era a mesma que aquele primeiro dia de estar juntos. E a separação foi outra história. O Sol nascia, diferente todo dia... mágico, mas já nascia como quase sempre nunca sempre diferente como era. As cores refletidas num prisma que ela fez na época passada não refletiam o arco-íris de sete cores... refletiam um preto-e-branco sem graça, mas que ela diria bonito, muito bonito.. lindo! algum tempo atrás. Estava num período de depressão... let's say: swalow... seria assim? Nem ela mesma se lembrava daquele episódio da série que era engraçada. No filme, a paixão de um garotinho criança ainda. Na vida, a paixão de uma garota por um rapaz... Na televisão, a paixão de uma moça tímida, por um moço bonito e calado. Na sala, a paixão de uma garota que teimava em escrever nos seu diário uma história que nunca se concretizaria. Na TV, um homem mal-amado que era ridículo... na verdade, ele apenas queria o retorno do amor de quem ele nunca tinha percebido o amor. Complexo, não? Na sala uma garota que achava bonito e queria um amor igual ao do garoto que ria ao lado dela. Na TV, um cara bem sucedido que amava sua esposa e tirava fotos engraçadas. na sala, o amor incompreendido de uma garota que tirava fotos compulsivamente. Na TV, uma mocinha simpática que achava que o melhor amigo do seu esposo não gostava dela, quando, na verdade, ele a amava mais do que tudo. No computador, uma menina que amava, mas não sabia direito o que era amor. Na TV, um filme que falava de amor, simplesmente amor. Na frente da tela do computador do outro lado da linha, estava uma menina que queria descobrir um amor igual aos da TV, igual ao dos contos de fadas, igual ao dos seus sonhos.
[18.jun.2005]

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